Escola top usa fanfarra e xadrez para melhorar ensino FONTE: http://aprendiz.uol.com.br/content/mewredrelu.mmp Encravada em um polo rico da carente zona leste paulistana, a escola estadual Professora Blanca Zwicker Simões obteve a melhor colocação entre as instituições de 1ª a 4ª séries da capital com estímulo ao xadrez, damas, concurso de redação e poucas faltas dos professores.
Com cerca de mil alunos, a escola teve nota 6,37 no Idesp, em uma escala de 0 a 10 -ficou 0,4 acima da meta. A Blanca é campeã do ranking desde a criação do índice, em 2007.
"Para ter boas avaliações como as que tivemos, é preciso um bom trabalho em equipe e uma boa comunicação com os pais dos alunos", afirma Edy Baldassi, diretora desde 2002.
A escola fica no Jardim Anália Franco, cujos prédios de luxo o tornam uma espécie de ilha de riqueza na região.
Segundo a diretora, na escola não há só "filho de gente com dinheiro". "Tem o filho da empregada que trabalha aqui e vem lá de Itaquera."
Além de darem lição de casa para os alunos e corrigirem os trabalhos, os professores costumam informar os pais quando os filhos têm alguma defasagem ou fazem bagunça.
Um dos diferenciais é o envolvimento dos professores em pensar atividades que beneficiem o crescimento dos alunos.
Em 2008, por exemplo, a escola escolheu o tema ambiente para tratar no período letivo. Além de fazer cartazes, os alunos participaram de um concurso de redação. Os melhores textos foram publicados em um livro feito de papel reciclado.
No recreio, opções que desenvolvem o raciocínio: os professores decidiram deixar à disposição gibis e jogos de damas.
Um tabuleiro gigante pintado no chão do pátio incita os alunos a jogar xadrez -eles são as próprias peças. "Ajuda a despertar a atenção e a reflexão."
Outra atividade são as aulas de fanfarra, aquelas bandinhas que acompanham cortejos civis. Às segundas-feiras, uma turma de alunos fica mais uma hora na escola para essas aulas.
Diferentemente das escolas mais mal-avaliadas, na Blanca os professores quase não faltam. "Digo com segurança que as faltas são muito poucas, e sempre há professores para que os alunos não fiquem sem aulas", diz Edy.
(Folha de S.Paulo)
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