sábado, 24 de novembro de 2007

NOVOS NOMES DO XADREZ FEMININO

Natasha Camargo, Talitha de Souza e Sheila Souza
Novos nomes do xadrez feminino brasileiro
Pelo MF Álvaro Aranha

A nova geração do xadrez feminino brasileiro mostrou nos Jogos Abertos de São Paulo que está evoluindo a passos largos. A perspectiva para a próxima olimpíada é que tenhamos uma equipe bastante renovada.

Focarei essa matéria em alguns destaques desses jogos que vem apresentando grandes resultados. Da "geração Tatiana Ratcu" vou analisar as jogadoras Natália Baccarin e Vanessa Gazola. Da "geração Juliana Terao", analisarei a própria Terao, Amanda Marques e Daphne Jardim.

A jogadora paulistana Natália Baccarin tem 26 anos e foi sempre destaque nos torneios de categoria, inclusive, sendo campeã pan-americana nos anos 90. Por ser considerada a musa de toda uma geração, muitas vezes as pessoas acabam esquecendo dos seus muitos feitos no tabuleiro. Lembro-me bem em 1996, quando ainda menina, conseguiu empatar em uma simultânea com a GM húngara Judit Polgar. Ela bateu na trave no pré-olímpico 2006, perdendo a classificação na última partida, mas sem dúvida, é uma forte candidata a estar em Dresden representando o Brasil na olimpíada do ano que vem.

A outra jogadora da "geração Tatiana Ratcu" é a jogadora da cidade de Assis, interior de São Paulo, Vanessa Gazola. Um exemplo não muito comum no xadrez, Vanessa aprendeu a mover as peças aos 15 anos e a competir ao 19, perdendo assim, a grande chance de competir nos torneios de categoria. Com sua obstinação conseguiu queimar etapas e, desde 2005, está entre as melhores jogadoras do Brasil. Atualmente com 26 anos, se ela jogar o seu normal é candidatíssima a ser uma das cinco jogadoras que nos representarão na Alemanha.

Juliana Terao tem 15 anos e é claramente a líder da nova geração. Tetracampeã pan-americana, Juliana é o maior talento natural da história do xadrez feminino no Brasil e, se tivesse um pouco mais de marketing, já seria uma lenda viva do nosso xadrez. Com resultados impressionantes contra alguns dos melhores jogadores do Brasil, Juliana é a favorita para ser a primeira grande mestra brasileira. A única ressalva é que nos últimos brasileiros adultos, Juliana não apresentou seu xadrez normal e ficou em colocações abaixo do seu potencial. De qualquer modo, acho que seu nome é quase certo na próxima olimpíada.

Amanda Marques Pereira vem sendo apontada como uma grande revelação do xadrez feminino brasileiro desde seus 9 anos de idade. Atualmente com 13 anos, ela não desapontou as expectativas e vem evoluindo ao longo dos anos, tendo como seu auge o título pan-americano de 2006, em Cuenca no Equador. Apesar de muito nova, pode surpreender e queimando etapas se classificar para a Olimpíada.

A ribeirão-pretana Daphne Jardim tem mostrado grande evolução no último ano e ganhou todos os torneios nacionais de sua categoria. Com 13 anos, Daphne é outra esperança da nova geração e se conseguir manter um ritmo de trabalho forte, é outra que pode surpreender.

Apesar de a matéria tratar de jogadoras paulistas, gostaria de citar dois nomes de outros estados: Vanessa Feliciano (SC) e Jéssica Dobrzenski (PR). São duas jogadoras de grande talento e que darão muitas alegrias em um futuro próximo.

Vamos ver agora algumas partidas para ilustrar a matéria ACESSE:


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William Pereira da Silva - 84 - 88287382

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